Construir automóveis é um negócio. E para cortar custos, algumas opções têm de ser feitas pelas chefias, sendo que umas são do nosso agrado, e outras não.

Neste caso, a opção feita pela Mercedes-Benz, não é totalmente do nosso agrado. De acordo com uma declaração feita pela Mercedes-Benz a um grupo de jornalistas durante esta semana, a empresa irá abandonar os motores V6, e apostar nos motores de 6 cilindros em linha. Apesar da história da Mercedes-Benz ter muitos bons motores I6, não podemos deixar de sentir pena de ver este motor desaparecer.

O motor que irá substituir a configuração V6, será o M256, já anunciado no outono de 2016. O primeiro automóvel a estar equipado com este motor será o CLS450, e neste carro, será capaz de produzir uma potência de 362 cavalos e um binário de 491 Newton-metros. Mais tarde, também estará presente no Mercedes-AMG CLS53 e no E53, e nesses casos o novo 3 litros da marca será capaz de produzir 429 cavalos e 521 Newton-metros de binário.

Apesar de o motores apresentarem valores muito bons de potência, o motivo pelo qual a Mercedes deixará de fabricar o motor V6, não é bom para nós, visto que é puramente económico.

O motivo que está a impulsionar a marca a efectuar esta mudança, é que um motor de 6 cilindros com disposição em linha pode ser produzido na mesma linha de produção do que os motores de 4 cilindros, que neste momento são os motores mais usados na industria automóvel.
Com esta decisão a marca deixa de ter necessidade de ter uma linha de produção e um departamento de desenvolvimento à parte para estes motores e terá apenas que “adicionar” mais dois cilindros aos blocos I4 para ter um motor de 6 cilindros, o que representa uma redução substancial de custos. Apesar de uma pessoa poder usar o argumento de que os motores V6 poderiam usar os mesmos componentes dos motores V8, as vendas cada vez mais diminutas e o movimento de downsizing que existe, tornam a decisão das fabricantes de automóveis mais fáceis no que se trata a abandonar este tipo de configuração.

Uma coisa que ainda não se sabe ao certo, é quais são os futuros veículos que irão usar este motor, visto que a marca cada vez usa mais motores de 4 cilindros sobre-alimentados como unidades motrizes dos seus carros, mas existe a suspeita que este apenas estará disponível nos automóveis de maiores dimensões da marca, ao mesmo tempo que modelos como o classe-C e o GLC irão usar apenas motores de 4 cilindros para puxar a carroçaria.

De qualquer maneira, uma coisa é certa, os futuros donos dos carros com este motor, terão de volta o trabalhar sedoso de um motor em linha com 6 cilindros.

Fonte: Autoblog