A nova normativa Europeia para as medições das emissões (WLTP), irá obrigar as marcas a que os valores de consumo de combustível e das emissões de dióxido de carbono anunciadas pela marca, sejam mais próximas da realidade e por sua vez, mais precisas.  Tendo em conta o peso das emissões na carga fiscal no nosso país, a Associação Automóvel de Portugal, admite poder aumentar o imposto a pagar na compra de um carro novo.

A partir de Setembro o preço dos carros novos poderá aumentar por causa deste novo sistema de teste, que fornece dados de consumo de combustível e emissões de dióxido de carbono, agravando assim o imposto a pagar e consequentemente o preço final de venda ao público.

Como exemplo, um Opel Astra 1.6 CDTI, a partir de Setembro, poderá sofrer um agravamento de mais de 3 mil euros no seu preço final, esta alteração de preço irá certamente abrandar o ritmo de vendas no sector automóvel, que tem notado algum crescimento nos últimos meses.

Este novo método, que está desde Setembro a ser testado e que tem como base, dados reais de milhares de veículos, será aplicado a todos os modelos novos e carros novos dos modelos já existentes, com excepção dos veículos em fim de série. Excepção essa, que acaba a 1 de Janeiro de 2019.

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A Comissão Europeia pretende que o impacto fiscal para os consumidores seja neutro, mas Hélder Pedro, secretário-geral da Associação Automóvel de Portugal, veio já dizer que as marcas não têm capacidade para compensar o aumento da carga fiscal.

O responsável adiantou que há um ano, começaram a reunir com o Ministério das Finanças, para procurar uma solução para minimizar o efeito desta alteração junto dos consumidores. No entanto, o Ministério das Finanças ainda não se pronunciou sobre esta matéria, dizendo apenas que estão a acompanhar o caso.

Portugal é dos países mais taxativos, no que toca aos impostos a pagar na compra de um carro novo, com a possível introdução do agravamento nos impostos, o fosso em relação à Europa aumenta ainda mais, o que certamente irá desincentivar a compra de carro novo e levará os Portugueses a manter os seus carros mais antigos e poluentes, tornando esta medida contra-producente.

Qual a vossa opinião? Deverá o estado aumentar os impostos nos carros novos, ou a solução seria taxar os carros mais antigos e oferecer ajudas para quem procura carro novo?

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Fonte: Publico