De há uns anos para cá, temos vindo a assistir ao downsizing dos motores a gasolina e à colocação de turbos, para compensar a baixa cilindrada. Se há 10 anos dizer que um motor 1.0 a gasolina tinha 140cv, era algo estranho, nos dias que correm, é algo bastante natural.
Mas será que diminuir o tamanho dos motores é uma solução assim tão eficiente? Em teoria sim, motores mais pequenos são sinónimo de motores mais leves, menos gastadores e acima de tudo mais baratos de manter.
Como um motor destes só por si, é demasiado curto para as exigências actuais, para dar mais alguma alma a estes motores subnutridos, são colocados turbos, que vão retirar mais potência destes motores, mas a que custo?
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A colocação de um turbo, faz com que haja uma aumento da quantidade de oxigénio nos cilindros e um aumento da pressão, à medida que vamos acelerando.
No entanto, isto tudo significa também que irá existir um aumento da temperatura no cilindro, o que faz, com a mistura ar/combustível fique mais instável e a mistura expluda antes do tempo. Isto leva a um mau funcionamento do motor, podendo mesmo, levar a graves falhas mecânicas.
Para corrigir este problema, as marcas são obrigadas a reduzir a pressão do turbo, o que consequentemente, irá afectar a eficiência do motor, no que toca à potência produzida.
Outra solução para resolver este problema, passa por injectar mais combustível, aumentando assim, a riqueza da mistura.
Por muito estranho que pareça, o combustível ao ser injectado, sofre uma diminuição da temperatura, logo ao injectarmos mais combustível, conseguimos diminuir a temperatura do cilindro, tornando a mistura mais rica e ao mesmo tempo mais estável.
Veja ainda: Porque é que a cilindrada de um motor e porque é que nunca é exacta?
E é aqui, que perdemos eficiência neste tipo de motores, embora em baixas rotações consigam ter bons consumos, à medida que vamos acelerando, acaba por ser injectado mais combustível, do que aquele que seria realmente necessário, levando a um aumento dos consumos.
Um motor atmosférico embora tenha mais cilindros e uma maior capacidade, a altas rotações, consegue ter menos combustível injectado por cilindro, do que num destes motores turbo de três cilindros.
Para entenderem melhor este processo, fica um vídeo do canal Engineering Explained.