É mais do que sabido, que a crise provocada pelo Coronavirus vai fazer estragos, o que resta saber, é a dimensão dos mesmos. Como tem acontecido em crises anteriores, o sector automóvel é um dos primeiros a sofrer e isso, traduz-se numa redução das vendas, em consequência da perda de poder de compra por parte dos consumidores.

No entanto, esta crise promete vir a ser mais devastadora do que as anteriores. Muitas marcas pararam mesmo as suas produções e isso, para além de abrandar a economia, leva também, a uma onda de despedimentos.

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Na Alemanha, a estimativa é de 100 mil despedimentos, só em sectores relacionados pelo ramo automóvel. Além disso, mesmo que a retoma do mercado se inicie rapidamente, vai demorar algum tempo até que a economia volte a mexer, especialmente no sector automóvel.

Se o poder de compra diminui, as pessoas tendem a reciclar e conservar aquilo que têm durante mais tempo. Por isso mesmo, os governos precisam de estimular o consumo, dando alguns incentivos e no sector automóvel, deverá ser utilizada uma receita, que no passado já deu frutos.

A ideia é criar incentivos para o abate de carros antigos, de forma a apoiar a compra de carros novos, valorizando mais o carro antigo para que este siga para abate. Com isto, espera-se reduzir a quantidade de carros poluentes que circulam em favor de carros mais ecológicos e ao mesmo tempo, o dinheiro começa a circular, fazendo com que uma parte da economia volte a funcionar.

Estes incentivos para o abate de carros antigos, poderão ser uma das medidas utilizadas pelo nosso governo, de forma a incentivar a compra de carro novo. Dada a importância deste sector para a economia nacional, o governo tem todo o interesse em que se vendam mais carros novos, quer para por a economia a funcionar, como para captar mais receitas, vindas dos impostos associados à compra e venda de carros.

As regras para que possamos beneficiar destes incentivos para o abate de carros antigos, deverão ter em conta quer a idade do carro, como a quantidade de emissões poluentes, onde os carros mais antigos e mais agressores do ambiente, receberão um incentivo maior, para que estes sigam para abate.

Como é obvio, ainda estamos numa fase de especulação e o foco neste momento, passa por garantir que o SNS consegue lidar com esta pandemia. Só mais tarde, quando o virus estiver controlado, é que deveremos ter notícias por parte do governo, de forma a avaliar o estrago na economia e quais as medidas adoptadas, para recuperar o crescimento económico.