As inovações tecnológicas, melhoraram o carro moderno de várias maneiras. Uma das inovações que se introduziu nos carros foi o uso de um mecanismo complexo de troca de velocidades com duas embraiagens. Com o passar do tempo esta inovação presente em carros de competição e de alta gama, começou a descer até carros mais amigos da carteira do cidadão comum. Assim podemos ver carros desde o Volkswagem Polo até ao Ferrari F12 a usar estes mecanismos. No entanto, existem cuidados a ter evitar o desgaste prematuro destes sistemas. Aqui apresentamos-lhe uma pequena lista de cuidados a ter, caso tenha um carro com uma caixa de dupla embraiagem.

Pôr o carro em ponto morto

Quando estamos habituados a usar uma caixa manual, e paramos por algum tempo, seja num sinal luminoso, ou numa fila de transito, devemos de pôr o carro em ponto morto, para evitar a degradação do sistema de embraiagem do carro. Quando passamos para uma caixa de dupla embraiagem perdemos essa necessidade, podendo até ser prejudicial para os consumos do carro. Isto porque uma caixa de dupla embraiagem, é sempre acompanhada de sensores que são ligados a um computador, capaz de ler os comandos que ns enviamos ao carro através do volante e pedais. Ao reduzir a velocidade e a carregar no travão o carro consegue automaticamente determinar se é preciso desacoplar as embraigens ou não, consoante a situação. Em carros com sistemas start/stop, retirar o carro da posição “D”, faz com que o sistema de start/stop deixe de funcionar, prejudicando a economia de combustível.

Não usar o travão nas subidas

Ao contrário das caixas com conversor de binário, as caixas de dupla embraiagem, têm realmente duas embraiagens. Se não usar o travão para parar numa subida, as embraiagens são o componente que sofrem pelo seu constante patinar. Isto pode sobreaquecer os componentes da transmissão e causar estragos. Travar descopla ambas as embraiagens e evita o esforço desnecessário sobre a transmissão.

Arrancar apenas largando parcialmente o travão

Arrancar largando parcialmente o travão, é uma coisa que se deve evitar num carro de dupla embraiagem. Isto deve-se ao facto de se apenas largar parcialmente o travão, a primeira velocidade não é capaz entrar completamente, causando um desgaste prematuro nas embraiagens. Se estiver preso no trânsito,  espere que haja espaço suficiente à sua frente, para que quando largar o travão, o consiga fazer por completo.

Aumentar a relação enquanto trava, ou vice versa

As caixas de dupla embraiagem, oferecem o melhor de dois mundos. Mudanças manuais através de patilhas no volante, ou através do selector de velocidades; ou automáticas – conforme o desejo do condutor. Em ambos os casos a embraiagem é controlada pelo computador, e este tenta prever sempre o que terá que fazer a seguir, se preparar-se para aumentar de relação,  ou preparar-se para reduzir a relação. Isto é feito através da leitura do que o condutor está a fazer, se a acelerar ou a travar. No caso de o condutor acelerar, a transmissão prepara-se para aumentar a relação, e caso trave, a transmissão prepara a relação anterior.  Caso se acelere e se reduza a relação ou vice versa, o computador, tem que re-preparar a caixa, para a nova relação desejada entrar. Isto faz com que demore mais tempo a entrar a sua relação pretendida.

Usar o “launch control

Enquanto que carros de alta performance têm um sistema de Launch control, carros de segmentos inferiores não possuem este tipo de sistemas. Entao o que acontece nesse caso? Esforçamos a transmissão, e desgastamos as embraiagens pelo constante patinar das mesmas, e pelo sobreaquecimento causado. Por isso, saber lançar o veiculo, torna-se importante para evitar desgaste desnecessário. O procedimento correcto, para lançar o carro, é premir o travão com o pé esquerdo e logo de seguida premir o acelerador. Isto deve ser feito o mais rapidamente possível, sendo que não devemos de exagerar o tempo com que estamos a premir o travão.

Se quiser ver um vídeo, com uma explição mais aprofundada visite o link em baixo: