Pense num carro da década de 80 que o tenha marcado. Veio-lhe a cabeça o BMW M3, Ford Sierra Cosworth, Audi Quattro ou Lamborghini Countach? É normal, pois estes carros marcaram a década seja pelo seu design, performance ou pela quantidade de prémios que ganharam obliterando a sua concorrência em competições.
No entanto existem carros que apesar de não terem tido a projecção que os mencionados em cima tiveram, tornaram a década de 80 numa década fantástica para o mundo automóvel.
Neste artigo apresentamos-lhe 7 destes carros que passaram despercebidos mas que apesar disso enriqueceram a década.

1- Ford Sierra (sem ser Cosworth)

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Apesar do Cosworth ser incrível, as versões não Cosworth eram igualmente fantásticas. Com características como tracção traseira e uma suspensão completamente independente, com o Sierra a Ford entrou no mesmo patamar do que o BMW E30 e Mercedez-Benz 190. O carro também se destacou pela utilização de uma frente aerodinâmica, coisa que nos anos 70 e 80 a Ford não se parecia importar.

2 – Volvo 480

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Este carro não teve muita saída durante os seus 9 anos de comercialização, vendendo apenas 75 mil unidades no mundo inteiro. No entanto este carro tinha características muito especiais que provavelmente escaparam as pessoas, tais como um eixo traseiro desenvolvido pela Lotus, um motor desenvolvido pela Renault, e um turbo cujos componentes foram desenvolvidos pela Porsche. Tudo isto inserido num pequeno hatchback com faróis pop-up com tracção frontal. Como não vendeu mais?

3 – Ford Escort XR3i

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O segundo Ford neste lista, tem um design algo ainda reminiscente dos anos 70. No entanto apesar disso o carro continuava a ser atractivo e escondia um motor 1.6 de 4 cilindros equipados com um sistema de injecção de combustível da Bosch (c K-Jetronic) sendo capaz de produzir 105 cavalos. Um valor bastante aliciante para um carro que pesava 770 quilos à saída da linha de montagem.

4 – Peugeot 205 Rallye

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A formula para criar este carro foi muito simples; pegou-se num Peugeot 205 GTI, removeu-se tudo o que tornava confortável e colocou-se a insígnia Rallye. E está pronto para comercializar. disponível com um abrangente leque de cores que ia desde o branco até ao branco só tinha um conjunto de jantes de disponíveis que mais uma vez eram brancas. Era o tipo de carro que só se comprava se gostasse mesmo.

5- Renault Fuego

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Se há carro que tem design que grita anos 80 é o Renault Fuego. Janelas gigantes, grelhas em formato acordeão à volta do carro todo. Com vários motores disponíveis, destacou-se por ser um dos primeiros carros desportivos que se pode comprar com um motor turbo diesel, que na altura concedeu ao carro o prémio de carro a diesel mais veloz do mundo em 1982 (sim do mundo) com uma velocidade máxima de 180 quilómetros hora. Vendeu 260 mil unidades durantes os 6 anos que esteve à venda.

6 – Citroen BX

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Este carro teve como objectivo suceder o Citroen GS, que por si, não era uma tarefa fácil. O carro teve que partilhar a plataforma e alguns dos componentes com a Peugeot, mas no entanto tinha manter a suspensão hidropneumática pela qual a Citroen era conhecida. E mais,  tinha que ter um design que gritasse anos 80, tecnologia para dar e vender e mostradores digitais verdes por todo o lado. Acabou por ser um grande sucesso de vendas, apesar de alguns dos carros que saíram da linha de produção terem saído com uma qualidade de construção um pouco questionável.

7- Audi V8

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Este carro era basicamente um Audi 200, só que com a diferença de ter um motor V8 dentro dele. Devido a isso a Audi em vez de denominar este carro por Audi 300, decidiu dar-lhe o nome de Audi V8 (soa melhor, não soa?). Com um motor 3.6 V8 DOHC feito em alumínio que mais tarde passou a ter uma capacidade de 4.2 litros, o carro baseado no Audi 200 era muito semelhante em termos de design, mas no entanto mais de 90% dos painéis foram alterados na construção esta versão devido ao aumento do comprimento do carro. Teve direito a muita tecnologia , desde transmissão automática, sistema Quattro com um diferencial central, diferencial de deslizamento limitado no eixo traseiro, tudo controlado electrónicamente sem que o utilizador tivesse que mover um dedo. O problema deste carro ,e que se mantém até aos dias de hoje, é que as peças de substituição podem ser extremamente caras, apesar de se conseguir arranjar o carro por um preço razoável.