O belga Pierre Leclercq, é desde Novembro, o no chefe de design da Citroën. Antes da marca francesa, ele trabalhou para marcas como a Ford, BMW, Great Wall Motors e Kia.

Recentemente, numa entrevista à Autonews Europe, ele partilhou a sua visão do futuro para a marca francesa.

Já subscreveram o nosso canal no Youtube?

Quando questionado sobre o porquê de exibir o concept 19_19 na VivaTech, em vez de um salão automóvel, ele disse que era uma questão de encontrar o ajuste certo.

Na indústria automobilística, estamos a enfrentar grandes decisões, por causa das novas tecnologias e estas, podem mudar completamente o sector. Vamos criar serviços incríveis, resolver problemas para as pessoas, dar-lhes a possibilidade de aproveitar as horas perdidas no trânsito para outra coisa. E ainda faremos carros excitantes e emocionais.”

Tanto o concept 19_19, como o concept Ami One, expressam os valores da Citroën de uma forma, que não mudou ao longo dos anos, especialmente, a forma, como a marca foi capaz de criar modelos opostos, onde num canto é representada a popularidade e no outro, a exclusividade.

O chefe de design da Citroën, falou ainda, sobre a importância dos produtos globais e do novo carro da Citroen para a Índia, dizendo que embora ele tenha sido criado por engenheiros e designers indianos, ele ainda possui uma identidade global.

“É claro que, se tivermos um feedback negativo por parte dos clientes indianos, corrigiremos certas coisas, mas o importante, é criar carros globais”.

Sobre a tecnologia autónoma e eletrificação, ele referiu que as marcas estão num ponto crucial, onde precisam de tomar decisões importantes sobre projectos futuros.

“Há duas maneiras de pensar este tema. Na primeira, temos um ecossistema que realmente não muda. O condutor segue no seu lugar e apenas retira as mãos do volante. Num caso mais extremo, este poderá ir a trás e ir a assistir a um filme. É interessante, mas não muda muito o design de um carro. No outro, podemos criar algo que nunca foi concebido (…) o que é realmente excitante…”

No entanto, segundo o chefe de design da Citroën, isto coloca a empresa num ponto, em que é necessário tomar decisões sobre o futuro, pois há inúmeras possibilidades para criar uma revolução na indústria automobilística.