As ajudas à condução, têm sido dos desenvolvimentos mais importantes do sector automóvel. Embora algumas das inovações se foquem apenas no conforto dos condutores e ocupantes, outras são mais importantes e servem para garantir a segurança dos ocupantes. O controlo de estabilidade é uma delas e hoje vamos abordar como é que funciona.

O controlo de estabilidade, tem várias designações possíveis, a mais conhecida, é ESP (Electronic Stability Program), mas também pode ser designada como ESC (Electronic Stability Control), VSC (Vehicle Stability Control), VSA (Vehicle Stability Assist) ou ainda, como DSC (Dynamic Stability Control).

Algumas marcas, usam as suas próprias nomenclaturas, para promover o ESP, pelo que, podemos ainda encontra-lo como DSTC (Dynamic Stability Traction Control) na Volvo ou como PSM (Porsche Stability Management) na Porsche.

Foi instalado pela primeira vez no Mercedes Class S em 1995 e esta tecnologia, passou a ser obrigatória em todos os modelos introduzidos no mercado desde 2011 e em todos os carros novos vendidos desde o final de 2014.

O ESP ganhou destaque no ‘teste de alce’ do Mercedes Class A em 1997, quando este tombou durante a manobra. O controlo de estabilidade, resolveu o problema do Class A, fazendo com que o sistema passasse a ser instalado de série no modelo de entrada de gama da marca alemã.

Mas como é que o ESP Funciona? Ele é nada mais, nada menos, do que um orquestrador do ABS e do Controlo de tracção. Na sua forma mais básica, estes dois sistemas, trabalham para manter o carro sob controlo ao travar (ABS) ou ao acelerar (TC), ou seja, intervêm apenas na dinâmica longitudinal do carro.

O ESP, funciona detectando para onde as rodas frontais de um carro estão a apontar e compara essa informação, com a direcção em que o carro está realmente a mover-se, calculando os ângulos da direcção e do carro 25 vezes por segundo.

O que o controlo de estabilidade faz, é determinar se o carro está ou não sob controlo. Neste caso os travões anti-bloqueio (ABS) podem ser activados individualmente, enquanto o binário do motor também é cortado, activando o controlo de tracção, o que ajuda o conductor a recuperar o controlo do carro e a retomar a trajectória correcta.

Este sistema foi desenvolvido pela Bosch e pela Mercedes no início dos anos 90 e já conta com mais de 250.000 unidades construídas, equipando 82% dos carros novos vendidos globalmente.

Estima-se que até 80% de todos os acidentes provocados por derrapagem possam ser evitados pelo sistema. Esta estimativa, representa mais de 15.000 vidas salvas e pouco mais de meio milhão de acidentes evitados, devido ao uso do controlo de estabilidade (ESP).