As construtoras estão preocupadas, que as próximas normas de emissões Euro 7, aumentem os custos de produção, ao ponto, em que não seja mais lucrativo, construir carros, sem que estes usem um sistema híbrido plug-in ou uma solução totalmente elétrica.

A norma Euro 7, prevista para 2025, tem como objectivo reduzir ainda mais as emissões, de modo a que estas, se aproximem das 30mg/km de NOx, bem a baixo das 95mg/km impostas actualmente.

Em janeiro, a norma Euro 6d irá entrar em vigor e obrigará os veículos, a emitir não mais do que 80 mg/km, quer em banco de testes como numa utilização no mundo real, excluindo a margem de erro, estimada em 34,4 mg / km.

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Se a norma Euro 7 entrar em vigor, em algumas situações extremas de utilização, como a condução em condições extremas de temperatura, ou até mesmo, durante o transporte de um reboque, as emissões estimadas ultrapassariam o limite imposto, fazendo com que, mesmo os híbridos convencionais, deixassem de conseguir cumprir com as regras impostas.

Enquanto alguns ficarão contentes em dizer adeus aos carros de motor a combustão, vão existir muitas pessoas, que não irão conseguir acompanhar esta transição, quer pela via monetária, pois estima-se que os carros fiquem ainda mais caros, como pela deficiente rede de carregamento eléctrico que actualmente existe.

Isso irá fazer com que os carros mais antigos e poluentes continuem a circular, o que se irá tornar contraproducente, no que toca à redução das emissões. Podendo mesmo fazer com que a venda de carros novos abrande de tal forma, que a idade média do parque automóvel em toda a Europa, aumente significativamente.

Em Portugal, com a falta de investimento no melhoramento da rede eléctrica e dos postos de carregamento, o parque automóvel que já tem uma das idades mais altas de toda a Europa.

Com o aumento dos preços dos carros novos e com a deficiente rede de carregamento que temos actualmente, a compra de um carro electrificado irá não gerar o interesse desejado. Isto levará a que os carros mais antigos se mantenham por mais tempo, o que consequentemente, levará a um aumento, da idade do nosso parque automóvel.