Ao longos dos últimos 10 anos, os SUVs e outros crossovers têm vindo a multiplicar-se nas estradas, são a nova moda e por isso, levam os fabricantes a gerar lucros significativos que, de certa forma, ainda possibilitam a existência de modelos desportivos, que são por norma menos lucrativos. Embora não sejam o segmento mais atractivo para um amante de carros, servem para equilibrar abalança e as contas dos fabricantes e por isso mesmo, todas as marcas têm apostado em lançar diversos modelos dentro deste segmento.

No entanto, parece que a época dourada dos SUV está a chegar ao fim, quem o diz é Vincent Cobée, CEO da Citroën, que acredita que os SUVs são muito pouco aerodinâmicos e muito pesados ​​para sobreviver à transição para o eléctrico. No entanto, reconhece para já, que os números ainda não demonstram a sua teoria.

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Segundo Vincent Cobée, a transição para veículos de emissão zero é, no entanto, incompatível com o segmento dos SUV, que é demasiado grande para permitir uma autonomia óptima: “Num VE, se a aerodinâmica for má, a penalização em termos de autonomia, poderá ser de 50 quilómetros, se compararmos um SUV e um sedan, estamos a falar de 60, 70 ou 80 quilómetros com muita facilidade.

Os SUV também são penalizados pelo seu elevado peso, o que implica maiores recursos na sua produção, mas também baterias maiores para conseguir a mesma autonomia. Para o CEO da Citroën, esta situação é insustentável e espera que a legislação penalize os SUV eléctricos, ao ponto de complicar a sua comercialização.

Estas declarações foram feitas à AutoExpress, à margem da apresentação do Citroën C4 X, cuja silhueta combina linhas de fastback e… SUV, ainda que o objetivo deste modelo seja justamente refinar a aerodinâmica.