Os modelos híbridos da Toyota têm sido extremamente bem-sucedidos, por isso seria de esperar que o fabricante de automóveis adotasse rapidamente a electrificação total, como alguns dos seus concorrentes. No entanto, a marca japonesa parece adoptar uma abordagem algo controversa em relação aos veículos elétricos (VEs), como se pode verificar num documento que está a circular na internet, que mostra as razões pelas quais a Toyota parece não ter um grande interesse no segmento dos elétricos.
Essencialmente, o que a Toyota está a afirmar é que a obtenção dos materiais para as baterias vai aumentar significativamente e, consequentemente, os custos e a dificuldade de obtenção desses materiais também irão aumentar. A posição do fabricante é que esses materiais podem ser utilizados para produzir muito mais veículos híbridos, a preços mais acessíveis, em comparação com os modelos PHEV e VE.
Segundo a Toyota por cada VE construído, com a mesma quantidade de materiais brutos, conseguiríamos construir 6 PHEV, ou 90 Híbridos. Com isto, alega que com a mesma quantidade de recursos conseguimos tirar da estrada 90 motores a combustão poluentes, enquanto que com um EV, conseguimos apenas uma razão 1:1. Segundo os estudos da marca, a redução de emissões de CO2 ao longo do tempo de vida destes 90 veículos híbridos, consegue ser 27 vezes maior do que em comparação com a de apenas 1 veículo eléctrico.
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A Toyota também destaca que a infraestrutura de carregamento ainda tem um longo caminho a percorrer antes de poder lidar com uma proliferação de modelos VE nas estradas. O outro obstáculo é que os VE e PHEVs podem ser substancialmente mais caros em comparação com os seus equivalentes a gasolina ou híbridos. Na Europa, como é o caso de Portugal, os países estão a reduzir, ou até mesmo a eliminar, os incentivos fiscais para a aquisição de VE, o que por sua vez também irá influenciar na procura, pois o preço destes veículos deixam de ser tão competitivos. Por outro lado, o interesse dos clientes nos híbridos convencionais, como o novo Prius, está a crescer.
Claro que a Toyota continua a oferecer modelos VE e PHEV; o bZ4X está a ter um início lento, enquanto o RAV4 PHEV continua a ser um sucesso um pouco pelo mundo fora. A Toyota é conhecida por adoptar uma abordagem cautelosa no mercado. Embora o futuro possa ser elétrico, por enquanto, parece que a maioria dos compradores de automóveis quer algo intermédio.

Certamente que poderá aliviar a procura de matéria-prima, necessária para a produção de veículos eléctricos (EV).
Contudo convém lembrar que os
PHEV e os híbridos “básicos”, também equipam motores a combustão, sendo que os últimos, não carregam as baterias, sem ser com o motor a combustão a funcionar, por isso também emitem CO2.
Convém também lembrar, que se a prospeção de materiais está difícil e infelizmente polui e destrói ecossistemas, também o petróleo, tem esses problemas e está na mão de uma organização especuladora e chantagista que, se serve dele, como arma de arremesso contra as economias desenvolvidas.
Alguns desses membros, evoluem e modernizam as suas sociedades e economias.
Outros há, que apenas enriquecem os seus líderes e classes reinantes.
Quando o dito “ouro negro” acabar, a maioria desses membros não vão ter meio de subsistência…